Compliance: um diferencial competitivo
Confesso que, muitas vezes, ouvi o termo compliance sem lhe dar a devida importância. Nem sequer parava para pensar no que, realmente, significava e, muito menos, em sua importância no mundo corporativo.
Como muitos termos utilizados no universo dos negócios, compliance é uma palavra adotada da língua inglesa. E, se considerarmos os mais de 400 milhões de resultados encontrados no google sobre o tema, e a qualidade das discussões acerca de sua importância, tanto na esfera jurídica, quanto no âmbito interno das organizações, creio que logo deve ser incorporado ao nosso dicionário, assim como ocorre com diversos outros termos, como marketing, por exemplo.
Mas, o que é compliance?
Compliance pode ser traduzido como conformidade, no sentido de concordância, de cumprimento, de estar “de acordo” com alguma coisa. Compliance tem origem no verbo to comply (em inglês) que, segundo o Dicionário Cambridge Inglês-Português, significa cumprir, obedecer.
Em outras palavras, compliance é o cumprimento de regras, instruções, regulamentos, normas, diretrizes ou comandos.
Mas, se compliance tem a ver com seguir regras, como pode ser um diferencial competitivo?
Bem…, pode ser difícil entender essa máxima, quando temos tão presente em nossa mente uma série de crenças acerca de um certo “jeitinho brasileiro”, a maneira como nosso povo costuma improvisar soluções, sem planejamento ou regramento.
No entanto, como disse o comandante do Grupo de Ações Táticas Especiais, da polícia militar, sr. Diógenes Lucca, “uma instituição pública ou uma empresa na qual cada um faz o que quer ou se relativiza o cumprimento das normas internas, (…) assume sérios riscos na disciplina interna (…), fatores estes que poderão levar a consequências mais graves.”.
Imagine o que seria da rede Mc Donalds, uma das maiores cadeias de restaurantes do mundo, presente em mais de 100 países, com cerca de 37 mil pontos de venda, atendendo aproximadamente 69 milhões de clientes, diariamente, sem a padronização dos seus produtos e serviços.
Não estou aqui analisando os benefícios ou malefícios da refeição em um fast-food, mas a força que tem o estabelecimento de regras, normas e padrões, seguidos “à risca”, em todas as unidades dessa organização.
Enxergar compliance como diferencial competitivo traz luz a um tema que sempre soou como burocrático, como o cumprimento de leis e normativas contábeis, trabalhistas, financeiras e de segurança.
Em um mundo globalizado, altamente competitivo nos mais diversos nichos de mercado, na linha tênue que separa o sucesso e a falência, está o compliance. Estar em conformidade com a legislação vigente, no que tange às obrigações tributárias, à transparência contábil e fiscal, ao cumprimento de normas trabalhistas, à obediência das leis de proteção ambiental e demais áreas do direito, representa não só a isenção de penalidades, mas a construção, a manutenção e o crescimento da sua imagem e credibilidade junto ao mercado.
É importante ressaltar o crescimento da valorização, por parte dos consumidores, dos selos de identificação de empresas e produtos que estejam em conformidade com as leis de proteção ambiental e/ou que desenvolvam ações e projetos sociais. É o reconhecimento da importância comercial do cumprimento do que antes era apenas uma obrigação legal.
Um olhar interno para o compliance
No que tange aos regulamentos internos das empresas, estar “em compliance” é o que, de fato, permite chamá-la de “uma organização”. Você concorda?
De que vale todo o conhecimento e habilidade de um gestor, se as estratégias e táticas definidas por ele não forem implantadas e seguidas, nos mínimos detalhes?
Imagine quanto tempo, energia e demais recursos desperdiçados na elaboração de um projeto cujas etapas não são cumpridas, conforme planejadas.
Penso que toda empresa existe, basicamente, por duas razões: (1) atender a um propósito e (2) gerar resultados (lucro). É prerrogativa da gestão/liderança apontar o caminho e a forma para a realização desses propósitos e resultados. A definição de normas e procedimentos faz parte dessa prerrogativa, sem a qual o caminho se torna incerto, assim como os próprios resultados. Normas, regras e procedimentos são a expressão desse caminho e forma de atuação. Por esta razão, estar em compliance é fundamental a uma organização.
Atuar em conformidade com os valores, missão e visão, definidos na carta de valores da empresa é assumir sua identidade corporativa.
Seguir um manual de diretrizes organizacionais (MDO) e um manual interno de procedimentos (MIP), profissionalmente elaborado, com base na legislação e na própria carta de valores, é agir em congruência aos propósitos da organização.
Em suma, a importância do Compliance
Tendo em vista, portanto, todos os aspectos externos e internos que envolvem a questão de “estar em conformidade” com as regras, instruções, regulamentos, normas, diretrizes ou comandos, estou convicto de que olhar o compliance apenas como um termo burocrático, ligado a evitar, detectar e tratar desvios e inconformidades, seria uma ingenuidade estratégica.
Estar em compliance é, sim, um diferencial competitivo!
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Veja também: A importância de seguir um processo de vendas
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